A doença de Alzheimer causa perda de memória e atinge 5 em cada 100 brasileiros com mais de 70 anos; e essa porcentagem cresce com o avançar da idade, estima-se que 40% da população acima dos 90 anos sofra da doença.
Perda de memória, dificuldade para realizar atividades simples, mudanças de humor e comportamento agressivo. Muitos acham que esses sintomas são "coisas de velho", mas eles podem ser sinais do mal de Alzheimer, doença que ataca o cérebro e não tem cura.
Segundo a psiquiatra Rita Ferreira, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, é possível prevenir o surgimento desse mal. "Atividades físicas, dieta saudável e controle de doenças como diabetes reduzem os riscos", explica. Já quem fuma e bebe álcool tem mais chances de desenvolver a doença.
7 dúvidas sobre o Alzheimer...
1. O que causa a doença? A causa é ainda desconhecida. Os médicos e pesquisadores defendem que a base genética aliado o meio ambiente desempenham um papel importante neste processo. Em alguns casos, observa-se que a doença se apresenta após um distúrbio emocional, apontando para a existência de um gatilho externo que inicia o curso da doença.
2. Como é descoberta? Por meio de testes que avaliam juízo, atenção, percepção, memória, raciocínio, imaginação, pensamento e linguagem. Outros exames, como tomografia cerebral e ressonância magnética, também ajudam a confirmar a doença.
3. Há algum tratamento? Sim, feito com remédios e terapias específicas para reabilitar as funções neuropsicológicas. O tratamento é fundamental e deve ser iniciado o mais rápido possível, para deter o avanço da doença.
4. Tenho um parente com Alzheimer, devo me prevenir? Sim. Fique atenta aos sintomas e procure um médico caso perceba algum sinal da doença.
5. E se ele não me reconhecer nunca mais? Há quem viva uma perda semelhante ao luto, que tende a piorar com a evolução da doença. Procure um psicólogo ou converse com o médico do paciente para enfrentar essa situação dolorosa.
6. O que digo às crianças quando o avô delas não as reconhecer? Fale a verdade. Conte a elas que o vovô tem uma doença que o faz perder a memória. Mesmo assim, estimule seu filho a participar de atividades junto ao avô.
7. Como deixar o paciente mais confortável? Ao perder a memória, o doente pode se sentir muito confuso. Por isso, não insista nem pressione para que ele se lembre de alguma coisa, só ajude-o a se situar no momento presente. Se nada adiantar, convide-o para dar um passeio e mude de ambiente. Sua postura é o que fará a diferença.
Aprendendo a cuidar de um paciente...
- Estabeleça rotinas
Elas representam uma segurança para o paciente.
- Incentive a independência
Faça as coisas com o idoso e não por ele. Respeite-o e preserve sua capacidade atual de realizar atividades cotidianas, como lavar louça ou fazer compras.
- Evite confrontos
Por mais que algumas atitudes pareçam de propósito, lembre-se de que a doença causa agitação e agressividade no paciente.
- Perguntas simples
Evite dar várias opções de escolha. Diga "Você quer uma laranja?" em vez de "Que fruta você quer?".
- Procure manter o bom humor
A gente sabe que não é fácil lidar com essa situação de forma leve e descontraída, mas o esforço é fundamental. Tente rir junto com o doente ou com as pessoas que estão ao redor, para aliviar o clima. Tente ser uma companheira compreensiva e amorosa.
- Previna acidentes
É preciso adaptar o ambiente para evitar acidentes. Na fase inicial da doença o monitoramento é o mesmo para qualquer pessoa idosa, como a prevenção de quedas. Além disso, é preciso estar atento ao passo-a-passo do paciente, quando este manipula objetos cortantes, cozinha, utiliza o gás, faz uso de medicação, etc.
- Cuidados com a limpeza e higiene
Conforme a doença progride o idoso começa, por exemplo, a esquecer do banho ou mesmo se recusa a fazê-lo. Por isso, é importante estar atento a hábitos de higiene, em geral, como trocar de roupa, trocar a roupa de cama, escovar os dentes, lavar a louça, etc.
- Torne o ambiente familiar
Em determinado estágio da doença, muitos idosos não reconhecem mais as pessoas, nem o ambiente onde vivem. Para tentar minimizar esses sintomas aconselha-se colocar porta-retratos com fotos da casa e da família para ajudar o paciente a se situar.
Texto publicado na revista Ana Maria. (essa versão está editada!)
Publicado em 11/01/2011 Escrita por Lorena Verli e Roberta Cerasoli.
Link: http://mdemulher.abril.com.br/saude/reportagem/prevencao-trata/mal-alzheimer-principais-causas-cuidados-615088.shtml
Atendimento Psicológico - em Botafogo
Contato: jessicacalderon.psi@gmail.com
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