A gente cresce na relação com o outro.

A gente cresce na relação com o outro.

domingo, setembro 30, 2018

Autoestima - A autoestima, de um modo bem simples, tem a ver com a avaliação subjetiva que fazemos de nós mesmos, considerando nossos pontos fortes e também aqueles que acreditamos precisar melhorar. Assim como outras características de personalidade, alguns estudos apontam que a autoestima se molda a partir das relações familiares ainda na infância. No entanto, não precisamos encarar isso como algo determinista e estático. Experiências ao longo da vida, como por ex., desafios superados e perceber-se reconhecido positivamente através do olhar do outro, podem potencializar em nós um sentimento de autovalorização importante! Como um exercício, proponho que nós foquemos mais no que temos de bom, em nossos pontos fortes! Sejamos generosos e amigos de nós mesmos, esse pode ser um caminho de amor próprio poderoso! Sei que nem sempre é simples o cultivo de bons hábitos, às vezes, nos perdemos na correria, estresse e rotina cotidiana. Mas eis aí um desafio pra essa semana - exercite seu auto amor!! 😉 Instagram: @jessica84calderon
#psicóloga #coach #autoestima #autoamor #desafie-se #umbomhábitoporsemana

sexta-feira, março 21, 2014

O que é Criminologia? – (uma rápida “pincelada”)

O crime é uma forma de transgressão e, para que haja crime, é preciso haver uma regra, uma norma ou um padrão de conduta que seja violado. Toda violação à norma é sempre possível e presente desde que o mundo é mundo. Certa citação diz: “A transgressão é tão antiga quanto as normas”, ou seja, enquanto houver norma haverá transgressão. Criminologia é um conjunto de conhecimentos que se ocupa do estudo do crime, da criminalidade e suas causas, da vítima, do controle social do ato criminoso, bem como da personalidade deste e da maneira de ressocializá-lo. Considerando este campo de estudo, podemos verificar duas abordagens principais que se contrapõem – Criminologia positiva X Criminologia crítica. Vamos entender um pouco o que as define e diferencia. A Criminologia positiva tem uma abordagem naturalizante para o crime, pressupõe a existência de uma natureza criminosa que uns teriam e outros não. Cria mecanismos de “causa-efeito” e defende certa previsibilidade para a ocorrência de atos criminosos. Um grande expoente nessa linha de pensamento é Cesare Lombroso. Este autor desenvolveu a teoria denominada Antropologia Criminal, acreditava na associação de determinadas características físicas (antropométricas) à maior propensão ao crime. Não é difícil entender a fácil responsabilização única e exclusiva do próprio sujeito por seus atos ilegais. Essa corrente culpabiliza o sujeito; já fatores externos, como ambiente, relações de poder, cultura, aprendizagem e fatores sociais, não são considerados na análise destas questões. A Criminologia crítica, por sua vez, fala do crime como uma existência a partir de condições que o possibilitem. Considera os fatores externos ao sujeito na construção dessa lógica criminal. Na perspectiva crítica, fatores como relações de poder e expectativas sociais são considerados em primeiro plano para compreensão do ato criminoso. Logo, explicar o crime como uma conduta realizada por sujeitos naturalmente maus, perversos, degenerados não faz nenhum sentido. O pensamento desta corrente teórica inclui o criminoso na sociedade e não a exime de seu papel na criação da conduta criminosa. Influentes pensadores que nos ajudam a entender este tipo de abordagem são Foucault e Goffman. Aos que se interessarem, fica a dica: para entender a complexidade da questão é necessário, obviamente, um estudo mais profundo sobre o tema.

terça-feira, março 18, 2014

A questão da diminuição da maioridade penal - Uma perspectiva crítica.

A questão da diminuição da maioridade penal é um tema atual e muito controverso em nossa sociedade. Diante dos casos de envolvimento de menores de idade em atos de violência que rotineiramente são noticiados pela mídia, parece crescer entre a população um clamor por punição e justiça que, por vezes, simploriamente vem associado a uma mudança específica na legislação, a saber, a redução da idade mínima para a responsabilização penal por crimes cometidos. Em resposta a um triste episódio ocorrido em 2007, morte brutal de um menino de 6 anos após um assalto envolvendo a participação de um adolescente, o Conselho Federal de Psicologia do Rio de Janeiro (CRP/RJ) divulga uma nota em solidariedade à família e se posiciona eticamente quanto à questão da tal revisão à idade mínima para responsabilização criminal de menores de 18 anos. Em texto publicado, o Conselho salienta a necessidade de políticas sociais e um real engajamento das autoridades no combate à questão: "a diminuição da maioridade penal, o aumento de penas em estabelecimentos que torturam e desumanizam seus internos, o policiamento ostensivo com o uso abusivo de armamentos e práticas violentas – como o caveirão – produzem ilusões passageiras de alívio e, mesmo, de segurança. Estas ilusões logo se desfazem (...)O CRP-05 faz um chamado a autoridades e legisladores para que, ao tomar as medidas que lhes cabem, ajam com responsabilidade e levando em consideração a complexidade da situação." Quando o tema é diminuição da maioridade penal é interessante pensar: "A quem de fato se destina essa revisão na lei?" É interessante estarmos atentos ao que comumente acontece em nosso país; diante de situações de violência cometidas por indivíduos com menos de 18 anos, enquanto o "menor" negro, pobre, jovem e da favela merece ir para prisão junto com os demais presos, o "adolescente" branco de classe média deve estar com algum "problema", vamos tentar buscar explicações nas relações familiares que justifiquem o ato ou, quem sabe, enquadrar seu caso dentro de algum possível transtorno mental ou de personalidade. Como inicialmente dito, a questão aqui tratada não é simples, nem de fácil resposta ou solução. Mas é fundamental um olhar ponderado que, para além das situações que vemos na TV, considere o problema numa perspectiva mais abrangente e crítica. Leitura recomendada: http://www.crprj.org.br/noticias/2007/0216-sobre-violencia-seguranca-e-oportunismo.html http://rsurgente.zip.net/arch2007-02-11_2007-02-17.html (texto publicado em 15.02.2007) Jéssica Calderon Psicóloga e Psicogeriatra CRP:05/39344

quinta-feira, maio 30, 2013

quinta-feira, dezembro 13, 2012

O idioma da saúde

Encontrei esse texto na internet e achei ele muito bom! Boa leitura! Em 1948, ano em que foi criada, a Organização Mundial de Saúde (OMS) formulou um conceito de saúde que até hoje é objeto de discussão: "Saúde é o mais completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de enfermidade". Qualquer profissional da área – não, qualquer pessoa de bom senso – assinaria embaixo. Qual, então, o motivo da controvérsia? Resposta: a excessiva abrangência do conceito, que o torna pouco prático, pouco operacional. Serviria antes como definição de felicidade, dizem os céticos. Não sem alguma razão. Doença é uma coisa relativamente fácil de definir: há critérios diagnósticos para um grande número de enfermidades, estabelecidos pela própria OMS e freqüentemente apoiados em parâmetros numéricos, como temperatura corporal, medida de tensão arterial, dosagens sanguíneas. Agora: que exame de sangue nos revela o grau de bem-estar? Trata-se de uma avaliação inevitavelmente subjetiva. Nelson Rodrigues falava com desprezo dos "idiotas da objetividade", mas ao fim e ao cabo são estes que fornecem os elementos para o processo decisório. Não por outra razão a saúde pública recorre a indicadores numéricos para o planejamento e a avaliação de suas atividades. Paradoxalmente, esses indicadores referem-se à mortalidade – mortalidade infantil, mortalidade materna, mortalidade por causas específicas – ou à morbidade, isto é, doenças. Só raramente tratam da saúde propriamente dita. Há outro aspecto. A doença fala: ela nos faz gemer, gritar. A doença tem voz, a voz de uma experiência física – e existencial – intensa, motivo pelo qual serviu, e serve, de tema para escritores: a tuberculose em A Montanha Mágica, de Thomas Mann, a afasia em De Profundis: Valsa Lenta, de José Cardoso Pires, a depressão em A Escuridão Visível, de William Styron, a Aids em Ao Amigo que Não Me Salvou a Vida, de Hervé Guibert, são apenas alguns exemplos. Raymond Carver, enfermo, conseguiu mesmo antecipar a morte – em uma dilacerante mensagem a seus amigos: "I'll be wired every whichway/ in a hospital bed./ Tubes running into/ my nose. But try not to be scared of me, friends./ I'm telling you right now that this is okay". ("Estarei com fios por todos os lados/ em um leito de hospital./ Tubos entrando/ em minhas narinas. Mas tentem não se assustar, amigos./ Digo-lhes, neste instante, que está tudo bem.") Agora: ninguém escreveu um romance sobre um personagem cujo característico maior é ser sadio. Há um silêncio literário a respeito, contrapartida ao silêncio dos órgãos – uma das definições que já foram dadas à saúde. Teoricamente, a higidez não tem voz. Para muitas pessoas estar sadio é simplesmente, e ao contrário do que pretende a OMS, não estar doente. Mas será que isso é suficiente? Para falar de saúde, precisamos aprender o idioma da saúde. Não é fácil. A própria palavra "saúde", que usamos sobretudo para alguém que espirra, soa prosaica, convencional, babaca até. "É o mais tolo vocábulo em nosso idioma", disse, com desprezo, o iconoclasta Oscar Wilde. Mudar o jeito que falamos de saúde significa mudar o nosso estilo de vida. No começo, lutamos contra a inércia. Mas então vem aquilo que poderíamos chamar de "salto de qualidade" e passamos a um novo patamar de nossa existência. Passamos a dialogar com nosso corpo e, para nossa surpresa, descobrimos que esse é um diálogo gratificante. Sabem-no bem as pessoas que embarcam em um programa de exercício. A sensação de bem-estar que se tem depois é algo. São as endorfinas? Bem, então são as endorfinas. Se o corpo se expressa através delas, tudo bem. Às vezes a voz da saúde é a voz do corpo grato. Ex-fumantes falam da sensação de bem-estar que acompanha o abandono do tabaco: melhora o apetite, melhora a capacidade física. Igualmente gratificante é a adoção de uma dieta saudável. Como é que a gente aprende o idioma da saúde? Esse é um processo que compreende cinco etapas. A primeira é a da informação: ficamos sabendo, por exemplo, que o tabaco causa câncer de pulmão. Informação hoje não falta, mas ela não é suficiente; pode ser neutralizada por um processo chamado dissonância cognitiva, pelo qual negamos aquilo que contraria o que estamos fazendo: não, o fumo não é tão ruim assim, conheço fumantes que chegaram aos 90 anos (um mecanismo de defesa que a indústria do tabaco reforça à exaustão). Admitida a informação, é preciso adotar uma atitude positiva, a disposição de mudar – e, em seguida, colocá-la na prática: saúde é comportamento. Mas esse comportamento não pode ser esporádico – o frenético esportista de fim de semana –, ele precisa transformar-se em hábito. E esse hábito, finalmente, deve ser incorporado pela comunidade, quando então estará constituída uma cultura da saúde, situação ideal. É o momento em que a comunidade dialoga com a pessoa e a pessoa dialoga com seu corpo – no idioma da saúde. Podemos até chamar a isso de felicidade, tanto faz. Nessa fase, à qual um dia chegaremos, a vida será mais importante que os conceitos. MOACYR SCLIAR é médico e escritor, autor de A Paixão Transformada: História da Medicina na Literatura

sexta-feira, outubro 12, 2012

Decreto nº 7508/2011

Esse vídeo explica de forma bastante clara o que é o Decreto 7.508/2011 que regulamento a principal lei da saúde pública brasileira, Lei 8080/90.

Vale a pena assistir!

OBS: Piraí é minha cidade natal!!  Que orgulho de vê-la aqui! rs





Jéssica Calderon.
Psicóloga e Psicogeriatra.
Atendimento em Consultório (Copacabana) e em domicílio.
CRP: 05/39344

domingo, outubro 07, 2012

Conceitos e Ferramentas da Epidemiologia - Conceitos de Epidemiologia

Estudando para concursos na área de Saúde.
O QUE É ESSA TAL EPIDEMIOLOGIA? - parte I





Jéssica Calderon.
Psicóloga e Psicogeriatra.
CRP: 05/39344.