A gente cresce na relação com o outro.

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terça-feira, dezembro 07, 2010

Sobre a morte - parte III



A morte nos afronta por mostrar-nos nossa não-onipotência. Nossa vulnerabilidade em relação ao mundo, frustrando o desejo humano de imortalidade. Nas palavras de Freud: "...essa exigência de imortalidade, por ser tão obviamente um produto dos nossos desejos, não pode reivindicar seu direito à realidade, o que é penoso". (Freud, p. 137)

Os idosos ao perceberem a morte ao lado, falecimento de pessoas próximas, podem começar a pensar na sua própria morte e se angustiar com isto.
Através da morte dos outros, somos obrigados a admitir este aspecto da vida e, como não sabemos como é morrer, temos a morte como uma ameaça, pois é algo que não conhecemos realmente. Em termos psicanalíticos, não temos a representação da nossa própria morte, embora a única certeza que podemos ter na vida é que um dia vamos morrer.
Birman diz: "A subjetividade é tocada então pela morte, na sua pretensão à eternidade. (...) de fato é a mortalidade do sujeito que se revela de maneira brutal e inesperada quando alguém morre. O sujeito é ferido de morte, literalmente." (Birman, p. 139)


BIBLIOGRAFIA;
- Freud, S. "Sobre a transitoridade" (1916), p.25.
- Birman, J. "Nada que é humano me é estranho" in Cartografias do feminino, p.139.


* Texto escrito por Jéssica Calderon.

Atendimento Psicológico - em Botafogo
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Jéssica Calderon - CRP: 05/39344

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