A gente cresce na relação com o outro.
terça-feira, novembro 16, 2010
O jogo de jogar coisas fora
Já em clima de reveillón, vou compartilhar com vocês um hábito meu. Adoro nos últimos meses do ano dar uma geral na casa, tudo! Armários, roupas velhas, mudar coisas de lugar... enfim, renovar!!
Achei uma matéria super legal na revista "Bons Fluidos", aliás revista que gosto bastante!
Vou compartilhar com vocês aquilo que mais aproveitei dessa matéria.
Segue abaixo.
"O jogo de jogar coisas fora"
Faz bem livrar-se de tudo que está atulhando a casa, o trabalho e a vida.
Muitas vezes, só mantemos algo por não sabermos o que colocar no lugar. “Os objetos são vistos como uma extensão de nossa personalidade”, comenta o antropólogo Arthur Shaker, professor de meditação budista da Casa de Dharma, em São Paulo. “Abrir mão deles seria como abrir mão de si mesma.” Nesse sentido, cada objeto assume uma significação simbólica e, em algumas ocasiões, isso passa a ter mais força do que o objeto em si. Aquela fruteira velha é importante porque foi dela que seus filhos pegaram o alimento que os fez crescer. Mas você continuará a ser a mãe amada mesmo se livrando da fruteira, pois pode nutrir seus filhos de sentimentos que independem de qualquer objeto.
POR QUE GUARDAMOS TANTO?
“Muitas vezes, guardamos algo de alguém que se foi como uma homenagem, até sermos capazes de realizar nossa despedida interna”, avalia Lana Harari, psicóloga de família de São Paulo.
Há, ainda, o desejo de se precaver contra todas as eventualidades que o futuro possa trazer. Vai que ocorra uma enchente e você precise daquela galocha guardada há anos.
Pode ser também insegurança com relação ao futuro, medo de se livrar e não conseguir aquilo novamente.
Além disso, libertar-se do que está sobrando na nossa vida contradiz um valor muito cultuado hoje. “Vivemos numa época em que lutamos o tempo todo para que as coisas não fujam de nossas mãos”, lembra Arthur.
COISAS DEMAIS ATRAPALHAM
Ao abandonar coisas que não têm mais valor ou utilidade, você estará seguindo os passos de Michelangelo. Ou seja, segundo a autora, sua essência realmente dará as caras, a partir do momento em que remover tudo o que você não é. Tanto quanto adquirir coisas, livrar-se delas também é uma questão de estilo. O que fica revela sua marca.
Desfazer-se do peso morto ainda abre espaço para a introspecção. Ambientes atulhados causam uma superexcitação. “A mente fica o tempo todo sendo arrastada pelo objeto e não descansa nunca”, descreve Arthur. Não é à toa que os mosteiros budistas, ambientes que convidam à meditação, são de decoração espartana. “Assim é possível olhar para dentro de si mesmo”, arremata.
Viver tropeçando no que não serve acaba atravancando o fluxo de energia. “Toda casa tem uma energia que chamamos de chi”, explica Franco Guizzetti, consultor de feng shui, de São Paulo. “O chi não circula em ambientes atulhados, cheios de objetos, saturados. A energia fica estagnada”, completa ele. Essa regra vale também para coisas que ficam paradas durante muito tempo. Se não quer se livrar de algo, torne-o útil. É preciso ler os livros comprados, consertar o que está quebrado, tirar o aparelho de jantar de porcelana do armário.
Existe também a filosofia de destronar o velho para impor o novo”, descreve Lana. Mas quem ditou que tudo precisa ser tão efêmero? É ótimo livrar-se de peças sem serventia, mas não é tão bom assim gerar lixo. E não estamos aqui chamando de lixo apenas aquilo que está estragado, mas objetos que, ainda em bom estado, são encostados facilmente em nome da modernidade. “Talvez a solução não seja apenas jogá-los fora, mas sequer adquiri-los”, diz Arthur. Nem sempre o que é mais novo tem qualidade melhor. E, mesmo que tenha, o anterior talvez já garantisse qualidade suficiente.
“Jogar coisas fora pede coragem e manda uma mensagem para o mundo: quero me renovar”, diz Lana.
Tomada a decisão, vale uma dica prática de Gail Blanke em seu livro Jogue Fora 50 Coisas. Ela sugere pegar três sacos grandes de lixo e etiquetá-los: lixo (propriamente dito), doação e venda. Quando algo entrar em algum deles, não pode mais sair. O segredo é passear com eles pelos vários cômodos e fazer com que se encham com tudo o que é inútil. Esse processo não precisa ser feito em um dia só.
Depois do excesso material, vem o mental. Pode ser tudo junto também se preferir. Mas é imprescindível livrar-se dos dois. Enquanto as pilhas velhas, as roupas antigas e os parafusos inúteis se acumulam na casa de todo mundo, o lixo mental é mais específico e pessoal. Fica difícil traçar um plano. Pode ser um bom caminho começar com as lembranças incômodas, as mágoas não resolvidas. E, principalmente, as ideias preconcebidas que tem de si mesma. Jogue fora, sem pestanejar, o “não sou boa o suficiente”. Gail sugere, ainda, mais algumas sensações que podem ir para o saco: arrependimentos, a tendência de sempre pensar no pior, a convicção de que precisa fazer tudo sozinha.
“A decisão de pôr mãos à obra e reorganizar o espaço interno e externo tem um efeito transformador. Abre espaço para uma nova disposição, um novo jeito de se posicionar na vida”, diz.
Com a mão no lixo
O desafio de jogar 100 (ou quase) objetos/sentimentos que só atulham o caminho e atrapalham a vida.
VAMOS LÁ:
1) Potes e potes, das mais variadas cores e tamanhos, com resto de comida na geladeira.
2) Excesso de ímãs inúteis na porta da geladeira.
3) E-mails antigos sem a menor importância.
4) Revistas, livros e jornais velhos e sem importância.
5) Sigo a filosofia de que “sai roupa, entra roupa”. Quando você abre espaço, chega logo coisas novas e mais modernas. Separe roupas que não usa mais, coloque umas num bazar e faça dinheiro! Outras doe!
6) Peças de cozinha velhas e/ou inúteis.
7) Dê uma limpa no quintal.
8) Dê uma limpa nas gavetas!
9) Cosméticos velhos e remédios vencidos.
10) Sabonetinhos de hotel e motel com cheiro duvidoso.
11) Maquiagem velha.
12) As bijuterias não usadas.
13) As más lembranças e fracassos também devem ir para o lixo. Pouco adianta ficar remoendo.
14) Descartar a velha mania de ficar 5 minutinhos a mais na cama, pois acabam virando 20 e atrapalham todo o dia.
15) Agendas antigas
16) Fitas cassete e CD-ROM. Mas tenha o devido cuidado de gravar em um arquivo seguro o material importante.
17) Caderno e material inútil da escola e faculdade.
18) Caixas vazias.
19) Algumas fotos horríveis.
20) E, por falar em fotos, há uma música do Paralamas do Sucesso que fala em “cartas e fotografias, gente que foi embora”. Não tenho cartas guardadas, já falei das fotos, mas o “gente que foi embora” pega. Não digo os que morreram, pois quero guardá-los em um cantinho carinhoso, mas aqueles que passaram pela vida da gente, fizeram sofrer e, de vez em quando, aparecem na memória no melhor estilo “olha eu aqui de novo”. Não é fácil se livrar deles, mas vão para o lixo provisório do cérebro.
21) Móveis sem utilidade alguma.
22) Restos de madeira e piso. Resto de obras.
No trabalho...
23) A mania de perseguição. Ok, não a joguei no lixo por completo. Mas vale a regra dos Alcoólicos Anônimos: “apenas por hoje” não vou achar que aquela reunião na sala da minha chefe é para falar de alguma mancada irreversível que eu dei. Parar de achar que as pessoas estão sempre pensando mal a seu respeito.
24) Que tal entrar na academia mesmo e também colocar os exames médicos em dia? Deixe de lado a preguiça de se cuidar.
25) Abra mão das suas crenças auto-destrutivas!!
Link: http://bonsfluidos.abril.com.br/livre/edicoes/0138/jogar-coisas-fora.shtml
Atendimento Psicológico - em Botafogo
Contato: jessicacalderon.psi@gmail.com
Jéssica Calderon - CRP: 05/39344
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Que idéia baca Jessica,sabe que eu comecei a fazer essa limpeza semana passada....o excesso faz mal.....e qdo há renovação há mais vida....
ResponderExcluirQue dicas legais...vou continuar na faxina aqui....beijos querida...
Vim aqui atras de materia sobre o assunto, e encontrei este, fiz uma limpeza ontem em casa e supreendentemente no outro dia acordei bem melhor mas disposta, com mas animo, nos outros dias estava com muito desanimo parecia que tinha um peso me impedindo de fazer as coisas dentro de casa.
ExcluirQue bom que gostou, Solange!
ResponderExcluirEu acretido mesmo nisso! Acho que esses pequenos cuidados com nosso cantinho renova os ares e trás boas energias!
;-)
Jéssica, muito bom este artigo. Ótimo aliás!!!
ResponderExcluirEstou precisando me desfazer de coisas guardadas a muitos e muitos anos, que me trazem muitas recordações e estas nem sempre são boas.
Valeu pelas boas dicas.
Um abraço!!!
Letícia!!
ExcluirQue bom que o texto te foi útil!
Se desfaça mesmo! Aquilo que já passou e não nos faz mais bem não deve ser mantido. Vivemos, aprendemos e deixamos ir! ;-)
Abraço!!
Nossa ! Sempre me disseram que eu tenho serios problemas...pois não sei guardar coisas que não uso ou não me serve mais, depois dessa leitura ( desse texto ) fiquei mto feliz . Não sou eu que tenho Problemas.... Obrigado
ExcluirJonatas, que bom que gostou do texto! =)
ExcluirUm abraço!
A matéria é bem legal e muito atual pode se dizer.
ResponderExcluirÉ preciso saber avaliar e ter o bom censo de discernir o que é lixo ou que é reciclável ou reaproveitável.
Por exemplo: adoro guardar vidros vazios, por dois bons motivos
Primeiro porque acho perigoso jogá-los no lixo e a natureza precisa de milhares de anos para decompor.
Em segundo lugar porque serve para guardar pequenos objetos tipo: parafusos, botões, anzóis e uma infinidade de miudezas que uma hora será útil.
Existe um ditado que diz: O que é lixo para uns é tesouro para outros, algumas pessoas vivem em lixões e ferro-velhos garimpando e procurando por objetos que podem ser reutilizados e até vendidos por um bom valor.
Eu particularmente já comprei em ferro velho uma máquina de cortar grama e uma bicicleta e estavam perfeitas e as uso até hoje, provavelmente era de alguém que não gostava de nada encostado na garagem ou quartinho de despejo.
Assim como tem gente que joga, tem gente que recolhe, acho que o comportamento é o mesmo, não é doença nem mania, é a diferença que cada ser humano tem.
"14) Descartar a velha mania de ficar 5 minutinhos a mais na cama, pois acabam virando 20 e atrapalham todo o dia." Nunca tinha pensado que podemos jogar fora velhos hábitos, muito bom. Obrigado.
ResponderExcluirEu comecei com isso do nada e continuo.... Vim no Google saber se isso é normal? Kkkkkkkkkkkkk se significa algo. Se Deus tá me avisando algo.
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